sábado, 21 de maio de 2011

Ultraviolência

Derrubado com um tolchock,
Krovvy se espalhava pelo chão,
Atacado com a ultraviolência de molochs,
O pobre veck agonizava sua dor em solidão.
Malditos bratchnys, fugiram skorry,
Sem dar chance de reação ao catódio,
Deram vazão a seu ódio,
Por puro preconceito e intolerância
E acharam tudo horrorshow.

Ofenderam-no por kaffir,
Bateram nele até cair,
Defendendo algo já provado inepto.

O veck agredido, representante da minoria,
Alcunhado de inúmeros nomes sujos,
Agora, à beira da morte,
Suplica por Bog, o bom e velho Bog.

Na noite escura e sombria,
Uma baboochka trafega indiferente, sem prestar socorro ao desgraçado,
A toda essa violência o povo já deve estar acostumado,
Tudo virou nátrio.

Antônio Operário.

sábado, 7 de maio de 2011

Amor em quatro estrofes

Como posso te contar
Em versos irregulares e rimas pobres
O que tenho - há tanto tempo guardado
Pra te dizer?


Como posso te ver
Sem parecer um completo idiota,
Sem parar de suar as costas
E sem nada disso entender?


Eu, desajeitado, um pobre desgraçado
Que nem sequer deu-se ao luxo de tolher
Essa sensação diferente,
Que mexe com a gente
E que já se tornou clichê.


Medíocre condição
De dependência, uma infecção
Que há de um dia a todos aparecer,
Mas se sou correspondido
E a ti sou mais que um amigo,
Então eu só penso em você.

André Laminae.