domingo, 24 de março de 2013

Poema sem título (por Rômulo Costa)


"Há, no interior de minha jovem carne fria,
um nobre ancião que devora o fruto quente da vida.
Que de mim conhece e surrupia
as paixões, o sonho, as ilusões e o bálsamo da ferida.

Ele, o velho, me guia sem guiar
dos recantos trevosos da Terra
aos encantos sublimes do ar,
desde a epigênese do canto das harpias
à geração monofônica do celular

Nele, senhores, repousa a razão
que sob nossas cabeças rasteja de desolação, descontentamento...

Ele, senhores, é o Sentimento!"

Rômulo Costa, 17 de junho de 2012.




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